Na Prelazia de Lábrea existem de 14 a 16 etnias diferentes de indígenas, algumas ainda isolados, ou, como o Conselho Indigenista Missionário classifica, ‘livres’. O coordenador do conselho, Hoadson de Oliveira, que está na região há 15 anos, informou que são cerca de oito mil indígenas. “O que se vê aqui é um verdadeiro desacato a pessoa humana. Trabalhamos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, órgão da CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil), e com financiamento da igreja da Alemanha. Nossa ação não é estritamente eclesial, mas social. O apoio internacional que recebemos é justamente para isso”, acrescentou.
Hoadson lamentou o desmonte da Funai e inexistência de políticas públicas estaduais e municipais. “O que se vê é cada vez mais o sucateamento da Funai, a nomeação de pessoas totalmente alheias à causa indígena para cargos de chefia, tanto da fundação como da Secretaria Especial de Saúde Indígena, e, a falta de programas que promovam o bem estar da população em geral. Não há saneamento básico, tratamento de água, o lixão da cidade é perto do centro urbano, o que contamina a rede de abastecimento, e os sistemas de educação e saúde não funcionam. As pessoas são desassistidas de todos os lados, tanto prefeitura como governo do estado”, desabafou.
Marcelo Viana, coordenador do Conselho Missionário Paroquial, citou que o grande desafio da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré é a falta de pessoal em vista da extensão territorial. “Temos que caminhar muito , ir às periferias existenciais e às periferias geográficas. Estamos vivendo as Santas Missões Populares e, com isso, temos tentando fazer aflorar participação. Em três anos, fizemos muito, mas ainda há o que fazer pelos ribeirinhos, pelas cinco aldeias que estão na paróquia e pelo povo dos ramais. É preciso fazer os missionários chegar onde eles estão para perceber o nível do desafio. É preciso coragem para ser presença”, afirmou. “Eles ainda vêem na Igreja uma esperança”, frisou, ao que padre José Nilson Santos, pároco da Nossa Senhora de Nazaré completou: “há algo que transcende toda essa realidade, há a graça de Deus”.
Visitas
Os missionários Gilson e Bernadete Camilo da Silva, Iuri Nack Buss, André Emanuel França e Flávia Carla Nascimento têm visitado idosos e doentes pela paróquia. Acompanhados por ministros da Eucaristia das comunidades, o grupo tem ido às casas, conversado com os moradores, lido e refletido passagens do Evangelho e abençoado residências e as pessoas. Umas das comunidades, a São Lázaro, é formada essencialmente por portadores de Hanseníase. Seis residências foram visitadas ali. “É muito bom receber cada um deles aqui, na minha casa, conversar, rezar junto. Fico muito agradecida”, dizia a viúva Iracema Pereira, de 72 anos, uma das primeiras moradoras visitadas.
O grupo passa todo esse mês em Lábrea. Na programação, mais visitas a doentes, encontro com catequistas e retiro com agentes da Pastoral do Dízimo. Na segunda-feira (16), às 7 horas, os missionários partem para uma ‘mini-desobriga’, com o atendimento das comunidades de Samaúma, Jurucuá, Vila Canizo, Santa Rosa, Buraco, Cairu, Laranjeiras, Bacurau, Jucuri, Cassianã, Massari 1 e 2 e Barranco do Bosque. O retorno a Ponta Grossa está previsto para 9 de janeiro.
Na Prelazia de Lábrea existem de 14 a 16 etnias diferentes de indígenas, algumas ainda isolados, ou, como o Conselho Indigenista Missionário classifica, ‘livres’. O coordenador do conselho, Hoadson de Oliveira, que está na região há 15 anos, informou que são cerca de oito mil indígenas. “O que se vê aqui é um verdadeiro desacato a pessoa humana. Trabalhamos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, órgão da CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil), e com financiamento da igreja da Alemanha. Nossa ação não é estritamente eclesial, mas social. O apoio internacional que recebemos é justamente para isso”, acrescentou.
Hoadson lamentou o desmonte da Funai e inexistência de políticas públicas estaduais e municipais. “O que se vê é cada vez mais o sucateamento da Funai, a nomeação de pessoas totalmente alheias à causa indígena para cargos de chefia, tanto da fundação como da Secretaria Especial de Saúde Indígena, e, a falta de programas que promovam o bem estar da população em geral. Não há saneamento básico, tratamento de água, o lixão da cidade é perto do centro urbano, o que contamina a rede de abastecimento, e os sistemas de educação e saúde não funcionam. As pessoas são desassistidas de todos os lados, tanto prefeitura como governo do estado”, desabafou.
Marcelo Viana, coordenador do Conselho Missionário Paroquial, citou que o grande desafio da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré é a falta de pessoal em vista da extensão territorial. “Temos que caminhar muito , ir às periferias existenciais e às periferias geográficas. Estamos vivendo as Santas Missões Populares e, com isso, temos tentando fazer aflorar participação. Em três anos, fizemos muito, mas ainda há o que fazer pelos ribeirinhos, pelas cinco aldeias que estão na paróquia e pelo povo dos ramais. É preciso fazer os missionários chegar onde eles estão para perceber o nível do desafio. É preciso coragem para ser presença”, afirmou. “Eles ainda vêem na Igreja uma esperança”, frisou, ao que padre José Nilson Santos, pároco da Nossa Senhora de Nazaré completou: “há algo que transcende toda essa realidade, há a graça de Deus”.
Visitas
Os missionários Gilson e Bernadete Camilo da Silva, Iuri Nack Buss, André Emanuel França e Flávia Carla Nascimento têm visitado idosos e doentes pela paróquia. Acompanhados por ministros da Eucaristia das comunidades, o grupo tem ido às casas, conversado com os moradores, lido e refletido passagens do Evangelho e abençoado residências e as pessoas. Umas das comunidades, a São Lázaro, é formada essencialmente por portadores de Hanseníase. Seis residências foram visitadas ali. “É muito bom receber cada um deles aqui, na minha casa, conversar, rezar junto. Fico muito agradecida”, dizia a viúva Iracema Pereira, de 72 anos, uma das primeiras moradoras visitadas.
O grupo passa todo esse mês em Lábrea. Na programação, mais visitas a doentes, encontro com catequistas e retiro com agentes da Pastoral do Dízimo. Na segunda-feira (16), às 7 horas, os missionários partem para uma ‘mini-desobriga’, com o atendimento das comunidades de Samaúma, Jurucuá, Vila Canizo, Santa Rosa, Buraco, Cairu, Laranjeiras, Bacurau, Jucuri, Cassianã, Massari 1 e 2 e Barranco do Bosque. O retorno a Ponta Grossa está previsto para 9 de janeiro.